segunda-feira, 20 de julho de 2015

Aprendizagem móvel e os desafios para a educação

É indiscutível que o acesso aos aparelhos móveis se popularizou. Da população estimada da Terra, por volta de 7 bilhões de pessoas, 6 bilhões já têm acesso a um telefone móvel em funcionamento. A África, que apresentava um índice de penetração da telefonia móvel de apenas 5%, nos anos 1990, atualmente é o segundo maior e mais crescente mercado dessa tecnologia do mundo, com um índice de penetração de mais de 60%, e ainda aumentando.São dados da UNESCO. 
Os smartphones, tablets, celulares, etc são exemplos de tecnologia com mobilidade: você se conecta/comunica em qualquer lugar, em qualquer hora, em todos os momentos que desejar. Eles ampliaram nossa capacidade de divulgar, gerir e ingerir informações de tal forma que temos um desafio: como a escola pode lidar com este mundo ampliado de informações? Como gerenciar este uso dentro da escola? Como torná-lo nosso aliado? É possível ter os aparelhos móveis como nossos aliados na educação?
E isso não é nenhuma novidade. Já faz alguns anos que utilizamos a tecnologia para aprender, de forma natural e intuitiva. Qualquer criança de 5 anos de idade que tenha acesso à um aparelho celular consegue modificar sua estrutura cognitiva, acrescentando informações e habilidades através destes aparelhos móveis. Trocar mensagens de texto no celular, ler e-books, ouvir podcasts, entre outros, são maneiras informais para aprender algo novo. Isso é o chamado mobile-learning (aprendizagem móvel), cuja sigla é m-learning.
Quando a aprendizagem passa a estruturar-se e sistematizar-se através desses aparelhos móveis, temos o chamado e-learning, uma maneira de aprendizagem também digital, porém formal. Cursos de e-learning pressupõem uma pessoa diante do computador, assimilando um conteúdo estruturado, em um ambiente específico, com horário ou prazo determinado.

E o professor, será substituído nesse processo? Como fica o seu papel?
À medida que as tecnologias móveis se deslocam das margens da educação para seu centro, os professores tornam-se peças-chave para o sucesso de um projeto de aprendizagem móvel. Ela possui características que são extremamente favoráveis para um dos maiores desafios da educação: individualizar a aprendizagem. Pessoas são seres complexos, universos que aprendem de forma diferenciada. Há aqueles que aprendem melhor ouvindo, outros que aprendem melhor vendo e ouvindo, e outros que aprendem melhor com música, e por aí vai... a aprendizagem móvel é pessoal, portátil, colaborativa, interativa, contextual e situada; ela enfatiza a "aprendizagem instantânea", já que o ensino pode ocorrer em qualquer lugar e a qualquer momento, cabendo ao aprendiz escolher o melhor caminho a trilhar, ao invés de ser colocado numa fôrma. Além disso, ela pode servir de apoio às aprendizagens formal e informal, tendo assim um enorme potencial para transformar a forma de se oferecer educação e treinamento.
A aprendizagem móvel surge como uma das soluções para os desafios enfrentados pela educação. Melhorar o acesso e a qualidade da educação requer liderança política, planejamento e ação. Para isso, é preciso uma atitude pro-ativa por parte dos professores, em relação ao estudo e pesquisa de aplicativos que possam ser seus aliados ao construir um projeto de aprendizagem móvel.
Neste sentido, o NTE Castanhal ofertará uma oficina de aprendizagem móvel, durante todo o segundo semestre de 2015, de acordo com as demandas dos municípios que atende. Será uma oficina introdutória, com noções básicas, com carga horária de 4 horas, para ajudar gestores, professores e coordenadores pedagógicos a pensar em projetos que utilizem os aparelhos móveis como aliados na educação.
Para inscrever-se, acesse a página de inscrições das  oficinas e cursos ofertados pelo NTE e preencha as informações solicitadas.




quinta-feira, 9 de julho de 2015

Uso de redes sociais na escola

Fonte:https://www.examtime.com/pt/blog/redes-sociais-na-escola/

Até a década passada, nos preocupávamos em como aliar a tecnologia ao currículo, levando o aluno ao laboratório de informática. Agora, com a explosão das redes sociais e a facilidade de acesso móvel à internet, a difusão dos celulares do tipo smartphones, ficou impossível não pensar em como aproveitar o potencial das mídias móveis para a educação.
A informática educativa saiu de dentro das salas e laboratórios de informática e agora está presente dentro da sala de aula, nos pátios da escola, nos corredores, enfim, nas mãos das nossas crianças, jovens e adolescentes. Basta um telefone celular e uma rede Wi Fi na escola e as paredes da sala de aula, os muros da escola e os limites do mundo são derrubados!!
E muito maiores são os questionamentos, tanto mais as dúvidas... se antes já não existia receita pronta, agora é que não há caminho pronto. Mas, sempre existem os desbravadores, aqueles que enfrentam as lendas, as teorias tenebrosas e nefastas, e jogam a caravela mar adentro, amparado apenas pela crença de que existe algo mais ali adiante. E assim também o é com a inclusão das redes sociais na escola. Principalmente no Centro-Sul do país, as escolas já estão se rendendo às redes sociais e as usando como aliadas na preparação dos estudantes e na comunicação entre alunos e professores. Estudantes a partir do 6° ano podem escrever em seus murais, enviar mensagens diretas e participar de grupos de interesses específicos. E esse espaço virtual é apenas coabitado por alunos e professores. São experiências que tem mostrado que é possível, e que o resultado é muito bom!
Aqui no Estado do Pará, ainda estamos na fase do enfrentamento de nossos medos e da indignação "como trabalhar com redes sociais num Estado em que a internet é instável?" Apesar disso, existem muitos profissionais desbravadores que já passaram pelo nosso curso "Redes de Aprendizagem" e já se aventuraram com seus alunos em experiências pedagógicas com o facebook.
As idéias de como inserir o currículo nas redes sociais são muitas: desde a criação colaborativa, onde alunos e professores podem criar conteúdo nas redes e convidar outras pessoas com o mesmo interesse a interagir, opinar e colaborar de diversas formas aumentando a qualidade do projeto; até formação de grupos on line, onde toda uma turma está envolvida em um mesmo tema, aproveitando a discussão e incluindo pessoas de relevância, como especialistas, que contribuam com a troca de conteúdos e informações, motivando os alunos.
Para saber mais das experiências com uso de redes sociais particulares das escolas, acesse aqui duas experiências com redes sociais em São Paul, uma utilizando a plataforma Moodle e outra utilizando uma ferramenta simples - até considerada por alguns, ultrapassada - o blog.
O certo é que o melhor caminho para aproveitar o potencial educativo das redes socias, neste momento, é a formação continuada, o diálogo, a atitude de professor-pesquisador e o lançar-se, com medo, mas com a certeza de que existe algo ali na frente muito bonito e promissor!! 

Estudos Autônomos Olá, participe da proposta " Estudos Autônomos", que  constitui uma das ações do Programa Nacional de Tecnol...